9.9.08

Não posso negar que me empolgo com festas de aniversário infantis. Não precisa ser nada grandioso, mas tem que ter comemoração. Não me conformo com aniversário de criança que não tem nem um "bolinho" (piadinha interna). Felizmente, Joana parece seguir pelo mesmo caminho. Eu nem comentei aqui na época, mas ela curtiu tanto o aniversário de dois anos que as comemorações poderiam durar meses e ainda seria pouco. Este ano eu relutei um pouco em comemorar, porque não tinha clima nenhum pra isso. Mas mudei de idéia por n razões e a principal é que não me sentiria bem em privar minha filha de algo que ela já demonstra gostar tanto. E, vendo a felicidade dela com o bolo e o parabéns, não me arrependi. E, mesmo com a tristeza (que não foi pouca) por minha mãe não estar presente em mais um momento tão importante, tenho certeza que ela, que era ainda mais festeira que eu, apoiaria nossa decisão. Mas, ainda assim, tentei fazer das comemorações um momento feliz e memorável, mas simples e tranquilo. Acho que consegui.

Foram duas festinhas. A da escola, que é na própria sala de aula, com os amigos da turma, na hora do lanche. E outra no fim de semana, no Jardim Botânico. Uma do Pooh (quando foi que pararam de traduzir os nomes dos personagens infantis?) e outra dos Backyardigans. Em casa, no dia do aniversário, apenas cantamos parabéns com a vela num brigadeiro. Registre-se que a mini-vela teve que aguentar sete parabéns.

E pensam que ela se deu por satisfeita? Na segunda-feira seguinte à festa do JB me perguntou: "mamãe, não vai ter festa do barney?"

Sem falar que ela adora assistir o dvd da festa de 1 ano e agora me agradece pela festa! Toda vez que acaba de assistir ela fala: "mamãe, obrigada você fez a festa do palhaço. Obrigada você fez o bolo do palhaço pra mim." :-)

E ela já começou a planejar a festa de 3 anos... mas isso é assunto pra outro post.

4.9.08

E agora ela resolveu entender de moda e separa as roupas em categorias: de passear, de dormir, de comer. Admito que tenho minha parcela de culpa, porque eu faço essas diferenciações, por exemplo, normalmente separo as blusas mais chuézinhas e velhas pra hora do almoço/jantar, já que as chances de sair tudo sujo de feijão é grande. E esqueço que criança observa e aprende tudo...

Mas ela resolveu mesmo ser auto-suficiente na matéria e criou suas próprias categorias. Que já existiam pros sapatos. E, com isso, quer escolher as próprias roupas, dá palpite no que eu escolho, se recusa a colocar a blusa tal pra ir na pracinha porque é roupa de dormir, não aceita usar o chinelo da natação pra nenhuma outra coisa, etc. E hoje não quis vestir o short que eu separei porque, vejam só, era "muuuuito feio". Mas a melhor de todas ainda foi o dia que eu separei pra ela usar numa festa um vestido que ela tinha usado há pouco tempo, em outra festinha:

- Não, mamãe! Esse é da festa do Rafa!

Agora me diga de onde ela tirou que não pode mais repetir roupa? Já pensou no preju?

Mas o melhor de tudo em relação às roupas é a insistência em fazer tudo sozinha. Muitas vezes ela pede ajuda, em outras não se opõe a que eu tome a iniciativa de arrumá-la. Mas tem dias que ela é que tem que fazer tudo SO-ZI-NHA. Vo-cê não, mamãe!! E ai de mim se resolver atrapalhar...

E confesso que quase chorei de emoção no dia em que, pela primeira vez, ela vestiu não uma peça ou outra, como já fazia, mas o uniforme todinho sozinha. Calcinha, short, camisa, meia e sapato. E um arco no cabelo, pra arrematar.

O sentimento? É uma mistura do famoso "tornar-se desnecessária" com a felicidade de ver que, apesar de errar muito, devo estar no caminho certo...
É do meu jeito ou de jeito nenhum

O rádio do quarto no volume máximo. Tão alto, mas tão alto, que o som fica até distorcido, nem dá pra escutar direito. E ela quase dentro do rádio. Eu peço pra diminuir, que está alto demais, que faz dodói no ouvido, blábláblá. Ela diz que é bom alto. Eu falo tudo novamente e diminuo o rádio. Ela diz que quer "muuuuito alto, não qué pouquinho não." E aumenta. Eu explico que a gente pode ouvir música alto, mas nem tanto. Depois de um tempo, sentindo que íamos ficar nessa a tarde toda, dou logo o ultimato: se não diminuir o rádio, vou desligar. Pode escolher entre escutar num volume razoável (não usei essa palavra) ou não escutar nada. A resposta?

- Pode desligar.
 

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